quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL!!!

Gente, por que as pessoas só pensam em comprar na época de Natal??
Pois bem, eu sei que esse questionamento parece ingênuo, mas é que realmente me irrita esse tipo de natal. Questiono-me que tipo de “espírito natalino” é esse que leva milhares de indivíduos frenéticos ao shopping para COMPRAR um presentinho!!! De qualquer forma eu nunca entendi esse tipo de natal proclamado pela mídia e por esse mundo capitalista que vivemos, ou sempre preferir ignorar...
Enfim, este post é mais para desejar aos corajosos que lêem esse blog um feliz natal e um próspero ano novo \o/

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O SHOW DE TRUMAN

Então gente, inspirada no tema que a Letícia levantou, pretendo falar um pouco sobre filme O Show de Truman, que na minha opinião levanta temas relevantes para discussão.
O personagem vive dentro de uma realidade cenográfica. O que ele acredita ser real nada mais é do que uma representação, não muito diferente da nossa realidade. Vivemos em um mundo de representações e significações. Platão afirmava ser impossível separar realidade e representação. Como na parábola da caverna em que as pessoas viam nada além de sombras da realidade, pois estando ali desde que nasceram, acreditam que as sombras que vêem são a expressão do real; assim também, a única coisa que Truman conseguia ver era o que existia dentro daquele mundo cenográfico.
É importante observar, fundamentando-se na teoria crítica, a existência de duas perspectivas abordadas no filme: a do mundo conhecido por Truman e a dos telespectadores do grande show. O programa – resultado da indústria cultural – é produzido pelas instituições sociais dominantes que determinam o processo de consumo, instaurando na audiência uma reação automática e irreflexiva perante o produto. Estamos inseridos em um mundo ficcionado e somos constantemente manipulados e influenciados pela mídia e os meios de comunicação em geral.
O reality show alterava o cotidiano das pessoas de tal forma que elas paravam o que estavam fazendo para assistirem ao programa. Choravam, riam, torciam; enfim, viviam aquele momento televisivo como sendo parte de suas vidas.
Adorno fala sobre a influência da indústria cultural: esta invadiu nosso cotidiano de tal modo, que não existe mais tempo para reflexões sobre aquilo que se recebe desse universo midiático. Ele diz ser a televisão uma espécie de ópio do povo que captura a consciência do indivíduo e aliena a sociedade como um todo.
O habitus, um conceito usado por Bourdieu e Elias, é fundamental para se compreender a idéia de representação social: é um valor tão introjetado em nós que o indivíduo acredita que o seu modo de pensar é só seu, contudo está inserido em um contexto cultural coletivo. Por exemplo: o que o Truman pensava ser seu universo real era, portanto, uma criação, uma falsa realidade. O que ele acreditava querer, na verdade, não era o seu querer, mas sim, o querer coletivo dentro daquele contexto televisionado.
Um momento interessante do filme acontece quando o criador do programa, indagado por um repórter sobre o porquê Truman nunca chegou perto de descobrir a natureza real de seu mundo até aquele momento, responde:
“Aceitamos a realidade do mundo no qual estamos inseridos. É muito simples, se Truman realmente estivesse determinado a descobrir a verdade, não haveria como detê-lo”.
Truman realmente aceitou aquela realidade que lhe foi imposta ao nascer até certo ponto da trama, quando superou seus traumas e foi atrás da vida que não pôde viver até aquele momento. A influência que a mídia exerce sobre o indivíduo realmente é muito forte, devido a todos os processos de que se vale para nos dominar. Afinal, ter informação e não adquirir conhecimento, não precisar pensar, é muito cômodo e geralmente este processo é absorvido pela grande massa.
É muito difícil mudar este comportamento social, pois já fomos acostumados e educados a viver assim desde criança. Uma possível saída - e é Bourdieu quem a aponta - seria a conscientização de dominados e dominadores. Ambos os lados precisam compreender a gravidade do estado em que vivemos para que deixemos o picadeiro e passemos à vida.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CONSUMUSIC 04 - SORRIA!!!

Demorei a voltar, hein? Mas nem vou inventar desculpas de que ando muito atarefada, por que é mentira! Eu ando é me enrolando mesmo...
Enfim, a idéia, a principio, era de simplesmente colocar pra discussão a música do Gabriel O Pensador “
Sorria”, que foi gravada com o Tico Santa Cruz vocalista do Detonautas. Mas ao procurar o vídeo no Youtube, percebi que o clipe oficial da música não existe, o que me dá a deixa para mostrar mais do que um vídeo aqui (sinal de “joinha” pra vocês). O legal é que além do ponto de vista que é claro na música, pude perceber a construção de vários discursos com diversas fontes, que não a que eu já tinha...
A minha grande motivação para escolher essa música é - além de ser muito óbvia as críticas do Gabriel (e por isso seu apelido é “O Pensador” – sem querer ser engraçadinha) – poder pensar sobre aqueles poderes de que tanto nosso querido Foucalt fala, entre algumas outras coisas que eu gostaria muitíssimo de citar, mas por não ter anotado as idéias fico devendo num outro post.
E claro, convido VOCÊS que estão lendo (se tiver alguém... =S) a pensar, discutir, opinar, desenhar se for o caso, enfim, falem o que quiserem sobre, serei grata eternamente!
Beijos e até a próxima...


a letra tá aqui
o vídeo 1 tá aqui
o vídeo 2 tá aqui

sábado, 20 de setembro de 2008

voltamos

Estamos de volta galera!!!Depois de um longo período sem nunhuma atualização, voltamos. E com novidades! Como o Consumída é um espaço aberto para discussão e novas idéias, convidamos outras pessoas para publicarem aqui também suas reflexões sobre esse universo de consumo que vivemos. E para esse post, o nosso convidado é o ilustre botafoguense Thiago Petra.rsrs. Enjoy!!

MANIA RETRÔ

Qual foi a melhor época da minha vida?

Em momentos de total ócio, sempre me pego tentado refletir sobre minha vida, sobre as coisas, sobre as relações. Coisa de filósofo? Acredito que não, sendo mais apropriado o termo vagabundo. Bem, essa reflexão já fiz antes, nos momentos de ócio. Mas sempre me vem a pergunta sobre a “época de ouro” de um cara como eu, no auge dos meus 25 anos, que pouco produziu, pouco realizou. Individualmente, nunca sei o que responder. Porém, em grupo, sempre virá à tona a época dos programas infantis e seus apresentadores, dos desenhos animados e brinquedos dinâmicos (estes, uma espécie de apocalipse motor, ou, se melhorar a compreensão, um pré-sedentarismo infantil, vide os jogos de vídeo-game e computador da atualidade). Esta época de minha vida, a infância, está alocada entre os anos 80, momento do BRock, das chacretes, do Flamengo, do Pop, do besterol, e dos modismos infantis.

Mas aonde eu quero chegar? Parece que fiz uma viagem gigantesca para o nada, mas esse texto, como se pode ver no título, é realmente uma viagem: ao passado. É engraçado como vemos, de alguns meses pra cá, a tal moda retrô. Pessoas andando de camisas quadriculadas, saias rodadas, óculos gigantescos ... Um brechó, hoje em dia, vale mais que um passeio na Levi’s. Melhor: o guarda-roupa da sua avó é bem mais fashion que as vitrines das lojas Marisa!

Eu, como todo e qualquer analista de situação, tenho a minha teoria, influenciada pelo materialismo histórico de Karl Marx: tudo isso é um processo histórico que começou com o tal Almanaque anos 80. Tá bom, não tem nada de Marx nisso. Mas cara, nada me tira esse tal Almanaque anos 80. Você, caro leitor, pode lembrar de algum movimento da moda surgido da Inglaterra ou Estados Unidos, algum pré-indie. Não! Nada me tira que aquele Almanaque anos 80 mudou o planeta!

Relembrar de Sérgio Malandro, Bozo, Sidney Magal, Richie e outros, não fez muito bem para a cabeça da galera. Só sei que os anos 80 estão na moda! Festa Ploc, documentário de algum artista 80, rever Chacrinha, Silvio Santos. Voltamos aos anos 80! Saudosismos são sempre estranhos. Todo mundo tem a sua preferência, sempre sendo melhor do que o do outro. Mas pera lá, Michael Jackson e Madona sempre serão os verdadeiros reis e a Xuxa será sempre a maior de todas. Pelo menos é o que a geração que dita a moda de hoje acha.

Eu, como grande especialista futebolístico, já domino até as críticas da moda esportiva. Adidas tem que ser da época da florzinha tripartida. Camisas de futebol brasileiro? Só com o patrocínio da Coca-cola. Eu consigo até achar a camisa do Flamengo bonitinha (sentiram o diminutivo, né? Não passa disso). Eu, como grande botafoguense, tenho até a minha. O engraçado é que a camisa é de um tempo onde meu time não ganhava nada. Mas estou na moda, e isso é o que importa.

Escrito por THIAGO PETRA

nossos sinceros agradecimentos \o/

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mídia e Saúde Alimentar

E aí galera, olha o que eu recebi de uma amiga nutriconista por msn.
Ela já conhecia o blog, gostou do post sobre publicidade x culto ao corpo, e me mandou um link de uma matéria muito interessante sobre a relação da mídia e a saúde alimentar que cita até mesmo o programa voltado ao jovens, MALHAÇÃO, da Rede Globo. Achei muito interessante e MUITO completa, pois aborda assuntos presentes, não somente, nas aulas da disciplina de comunicação e cultura do consumo. Vale muito a pena dar uma lida.
Segue o link:

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/noticia/index.php?id=11715

Acho que como complemento do que já foi discutido acima podemos citar o link a seguir:
http://www.efdeportes.com/efd9/anap.htm


Obrigado a todos, principalmente a Mari (minha grande amiga nutricionista) pela matéria, e desculpe por consumir seu tempo!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Oi gente! (não encontrei uma saudação melhor, desculpaê...)
Bem, vim aqui passar pra vocês a lista de textos que vimos esse semestre, na disciplina em questão claro. Estou aproveitando para disponibilizar alguns links também... E com o tempo talvez consiga links pra todos os textos, mas meu computador cismou em reiniciar sozinho então peço paciência (inclusive para mim!!)
Beijotchau leitores!

– DOUGLAS, Mary. “Introdução à edição de 1996”. IN: O mundo dos bens. Rio de Janeiro, editora da UFRJ, pp. 37-48.
– SLATER, Don. “Cultura de consumo e modernidade”. IN: Cultura de consumo e modernidade. São Paulo, Nobel, 2002, pp.17-39.
BOURDIEU, Pierre. “O senso da distinção”. IN: A distinção. Crítica social do julgamento. São Paulo, Edups, 2007, pp. 241-264.
– SENNETT, Richard. “O domínio público”. IN: O declínio do homem público. São Paulo, Companhia das Letras, 1988, pp. 15-44.
– WEBER, Max. A ética romântica e o espírito do capitalismo.
Baixe aqui

– ética romântica e discussão sobre o amor romântico
- CAMPBELL, Colin. “A ética romântica”. IN: A ética romântica e o espírito do consumismo moderno. Rio de Janeiro, Rocco, 2001, pp. 243-282.
- LÁZARO, André. “O amor moderno”. IN: Amor. Do mito ao mercado. Petrópolis, Vozes, 1996, cap. 10, pp. 151-171.

– Espaço e consumo – a questão da cidade e os espaços de consumo: das galerias aos shopping-centers
– PADILHA, Valquíria. Cap. 1 “Shopping center: a “cidade artificial” ontem e hoje”. IN: Shopping center, a catedral das mercadorias. São Paulo, Boitempo, 2006, pp. 35-81.

– Mídia e consumo
– LIPOVETSKY, Gilles. Cap. 1 “As três eras do capitalismo de consumo”. IN: A felicidade paradoxal. Ensaios sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo, Companhia das Letras, 2007, pp. 26-37.

– Mídia e Moda
– LIPOVETSKY, Gilles. “Cultura à moda mídia”. IN: O império do efêmero. A moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo, Companhia das Letras, 1989, pp. 205-237.

– Corpo e consumo
– CASTRO, Ana Lucia. “Introdução”. IN: Culto ao corpo e sociedade. Mídia, estilos de vida e cultura de consumo. São Paulo, Annablume:FAPESP, 2007, pp. 17-30.
Baixe aqui

– mercado publicitário e segmentação de público
– RAPPAPORT, Érika. “Uma nova era de compras: a promoção do prazer feminino no West End Londrino, 1909-1914”. IN: CHARNEY, Leo e SCHWARTZ, Vanessa (orgs.). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo, Cosac & Naify, 2004, pp. 157-183.
– KELLNER, Douglas. “Televisão, propaganda e construção da identidade pós-moderna”. IN: A cultura da mídia. São Paulo, EDUSC, 2001, pp. 295-334.

– O poder das marcas
– FONTENELLE, Isleide. “O “valor” da marca no tempo do não-tempo: deslocamentos na “forma-mercadoria”?.IN: O nome da marca. McDonald’s, fetichismo e cultura descartável. São Paulo, Boitempo, 2002, pp. 145-174.
Saiba sobre

– juventude como mercado estratégico
– COSTA, Jurandir Freire. “Perspectivas da juventude na sociedade de mercado”. IN: NOVAES, Regina e VANNUCHI, Paulo (orgs.). Juventude e Sociedade. Trabalho, Educação, Cultura e Participação. São Paulo, Editora Fundação Perseu Abramo, 2004, pp. 75-88.

– consumo e pós-modernidade
– BAUMAN, Zygmut. “Turistas e vagabundos”. IN: Globalização, as conseqüências humanas. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1999, pp. 85-110.

– do consumo ao hiper-consumo
– LIPOVETSKY, Gilles. “Rumo a um turboconsumidor”. IN: A felicidade paradoxal. Ensaios sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo, Companhia das Letras, 2007, pp. 98-127.

– o consumidor como “serial-killer”
– JARVIS, Brian. “Monsters Inc.: serial killers and consumer culture”. IN: Crime. Media. Culture. Sage Publications, 2007. [Em breve disponibilizarei]


– consumo e questões políticas
– CANCLINI, Nestor. “Consumidores do século XXI, cidadãos do século XVIII”. IN: Consumidores e cidadãos. Conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 1997, pp. 13-47.

– Consumo e fragmentação das identidades
- ENNE, Ana Lucia. “À perplexidade, a complexidade: caminhos para pensar a relação entre consumo e identidade nas sociedades contemporâneas”. IN: Comunicação, Mídia e Consumo (São Paulo), v. 3, p. 11-29, 2006. [Em breve disponibilizarei]


– Múltiplas práticas de consumo
– CERTEAU, Michel. “Fazer com: usos e táticas”. IN: A invenção do cotidiano. Artes de Fazer. Vol.1. Petrópolis, Vozes, 1994, pp. 91-106; e CERTEAU, Michel. “O fim de semana”. IN: A invenção do cotidiano, vol. 2 (Morar, cozinhar). Petrópolis, Vozes, 1994, pp. 150-165.

Autores usados no blog (fora da lista da disciplina):

- ADORNO, T.
- SINGER, Ben
- BENJAMIN, Walter

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Consumismo - COMBO

Eu estava vagando pela internet pela madrugada (quem me conhece sabe que faço muito isso) e me deparei com um site muito bom sobre a sociedade de consumo em que vivemos. O site nem é voltado somente a discussão do consumo. O endereço do site é: http://www.brasilescola.com

Visitem o site, tem muita coisa legal por lá.

Achei de tamanha valia o conteúdo do site que venho através desse post compartilhar com vocês 3 links que muito me chamaram atenção lá, segue abaixo:

1. Uma análise da psicóloga Gabriela Cabral sobre o consumismo.

2. Consumo compulsivo como doença do homem contemporâneo
, por Patrícia Lopes.

3. Uma abordagem muito interessante feita por Patrícia Lopes sobre o consumo infantil.

Aliás, achei um vídeo muito interessante (sobretudo o início com o depoimento de várias crianças) que ilustra bem o comentário de Patrícia Lopes sobre o consumo infantil. Gostaria também de compartilhá-lo com vocês.
http://br.youtube.com/watch?v=1osuR2zPvYo&feature=related

Obrigado pela anteção e desculpe por consumir seu tempo!